quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Dia Nacional do Aposentado

Em 24 de janeiro de 1923 foi publicada a Lei Eloy Chaves, que estabeleceu a criação da Caixa de Aposentadorias e Pensões para os empregados de todas as empresas privadas das estradas de ferro. Até então, a Previdência Social só atendia funcionários do governo federal.

Desde então, a situação evoluiu e atualmente o benefício abrange não somente os funcionários da iniciativa pública e privada, como também os trabalhadores domésticos e autônomos. Nesta data é comemorado o Dia Nacional do Aposentado.

A aposentadoria é um assunto que possibilita variadas abordagens, abrangendo diversas dimensões: econômica, social, entre outras. Neste momento, porém, opto por colocar em foco uma outra dimensão: a psicológica ou emocional.

Vários estudos já versaram sobre o assunto e as estatísticas comprovam: a aposentadoria é um marco de passagem que gera angústia e dúvidas nos indivíduos que estão prestes a se aposentar ou já aposentados. A transição do ciclo produtivo da vida para a inatividade profissional costuma ser brusca.

É fenômeno relativamente recente, o início da preocupação com a preparação para a aposentadoria. Hoje em dia, os Programas de Preparação para a Aposentadoria (PPAs) existem e encontram-se em progressiva expansão.

Estes programas abordam diversos temas relativos à passagem para esta nova etapa, tais como: mudança na forma de estruturar o tempo; mudança nas relações sociais; implicações psicológicas, sociais, familiares, financeiras; a importância e a forma de buscarem alternativas de uso das capacidades e talentos, entre outros.

No Brasil, sob o ponto de vista cultural, existe também uma associação da aposentadoria ao ócio, à falta de função e à velhice; pré-conceitos que definitivamente não correspondem à realidade e que, infelizmente, não se limitam aos que ainda se encontram no mercado de trabalho, mas atingem também os próprios aposentados (em seu auto-conceito).

A sociedade e seus cidadãos devem parar de enxergar na aposentadoria uma sentença de cunho negativo e vê-la como o benefício e o direito que ela realmente representa, lembrando sempre que aposentadoria não é sinônimo de improdutividade e que todo cidadão, aposentado ou não, pode fazer a sua parte na construção de uma sociedade melhor.

Aos aposentados, meus sinceros parabéns e agradecimento pelos anos de prestação de serviço e contribuição à construção e progresso da nossa sociedade.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Para 2012, o voluntariado

Chegamos ao início de mais um ano. No desenrolar da vida, enfrentamos momentos difíceis, compartilhamos alegrias na implacável ação do tempo. Inevitável nesse momento é a reflexão.

O ano de 2011 foi especial. Idéias compartilhadas, aprendizado constante e, sobretudo, a certeza em apostar no otimismo e nas potencialidades das pessoas de bem. É nesse contexto que acontecem nossas transformações, corrigindo os rumos e aprendendo com os erros.

Segundo definição das Nações Unidas, “o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos...”.

Na concepção moderna de trabalho voluntário, há o entendimento do voluntariado transformador, o voluntariado que cultiva e preserva o maior dos bens comuns: a solidariedade cidadã. Em Minas, temos o orgulho da inovação na gestão do voluntariado. Através de lei inédita no mundo, sancionada pelo então Governador Aécio Neves, o voluntariado é assunto de interesse do Estado unindo de modo complementar ações deste com o empresariado e com o terceiro setor.

Infelizmente, a constatação é de que essa união de forças e intenções em prol do fortalecimento das atividades do terceiro setor ainda não tem acontecido de maneira satisfatória. A falta de apoio, de toda ordem, ao trabalho sério desenvolvido em creches, asilos, santas casas, entidades culturais e afins é de se lamentar.

Confesso que o meu conhecimento sobre a situação e as necessidades das centenas de instituições filantrópicas de Passos e de nossa região não chegava perto da realidade que presenciei nos últimos tempos. Da mesma forma, e para minha alegria, não tinha idéia do grande número de cidadãos envolvidos, voluntariamente, no comando e no suporte a essas entidades.

Nesse final de ano viabilizamos a celebração de convênios entre o Governo de Minas e 53 entidades da nossa região para o recebimento de verbas da ordem de mais de 1,5 milhão de reais. Insuficiente para atender a todas que merecem, mas uma ajuda importante para algumas que não recebiam nada há mais de vinte anos ou então que nunca receberam nenhum centavo do poder público.

O meu compromisso com essas entidades e pessoas não ficará restrito a conseguir verbas. Irá muito além. Espero ajudá-las com todas as minhas forças e condições em tudo o que for necessário para que continuem com esse trabalho indispensável para nossa sociedade.

Desejo um Ano Novo com muita paz, repleto de realizações, com bênçãos para todas as famílias. Ao final, gostaria de fazer uma homenagem e um agradecimento especial a todas as pessoas que participam de entidades filantrópicas pelo desprendimento, solidariedade e altruísmo.

Que em 2012 possamos reconhecer e dar o apoio necessário aos voluntários que levam alegria à nossa comunidade do Sudoeste de Minas.