quarta-feira, 13 de julho de 2011

"Os livro do MEC"



A situação do ensino no nosso país está cada vez mais crítica. Após a repercussão sobre o escândalo do ENEM, o novo livro do MEC, "Por uma vida melhor”, da coleção “Viver e Aprender”, distribuído a quase cinco mil escolas em todo o pais gera polêmica entre professores, pais de alunos e gramáticos.

No livro aparecem frases como “nós pega o peixe” e “os livro ilustrado mais interessante são emprestado”. De autoria de Heloísa Ramos, foi distribuído a milhares de alunos da rede pública a um custo impublicável. O Ministério da Educação, diante das discussões, justifica que aos jovens é permitido escrever errado desde que haja o entendimento, sob pretexto de que essa ideia acabaria com um “preconceito linguístico”.

Numa parte do livro temos: “Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar os livro?’ Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas. O falante, portanto, tem de ser capaz de usar a variante adequada da língua para cada ocasião”.

Discutir formas de não discriminar pessoas pela forma “popular” de falar, é válido. Mas, reforçar a linguagem incorreta da população faz milhares de pessoas questionarem a necessidade de frequentarem uma escola. Para que o ensino de qualidade aconteça de forma eficiente e a educação no Brasil cresça, precisamos evoluir e não retroceder. Essa proposta revela um grande equívoco do Governo Federal, dando margem à banalização do ensino.

Nossos jovens têm o direito de aprender o português e sua gramática elaborada, conforme a norma culta. Do contrário, como formaremos cidadãos com censo crítico, bons universitários, e consequentemente, profissionais de qualidade no mercado que possam sustentar de forma digna suas famílias?

Concordo que temos que lutar contra todo e qualquer tipo de preconceito. Nesse caso, o MEC comete uma tremenda irresponsabilidade ao nivelar, por baixo, a educação.

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